Declaração conjunta as Associações de Juizes de Espanha e Portugal acompanham, com extrema preocupação, a situação que vivem atualmente os juízes turcos.
Considerando a gravidade da situação, com detenções de dezenas de juízes e a suspensão sumária e arbitrária de cerca de três mil dos seus membros, considerando a manifesta violação de valores essenciais ao Estado de Direito, o claro desrespeito de princípios democráticos como o da independência do poder judiciário e o da separação de poderes, considerando ainda a degradação extrema das condições mínimas de dignidade e segurança dos membros do judiciário nesse país, Las Asociaciones:
- Asociación Profesional de la Magistratura, Associaçao Sindical dos Juizes Portugueses, Asociación Judicial Francisco de Vitoria, Jueces para la Democracia, Foro Judicial Independiente, representando todo o universo de associações de juízes de Portugal e Espanha deliberam:
- Repudiar veementemente a detenção injustificada e massiva a que vimos assistindo de colegas juízes turcos sem respeito pelas garantias mínimas devidas a magistrados em exercício de funções;
- Exortar as autoridades turcas para que suspendam as medidas em curso contra o seu judiciário e que, em qualquer caso, assegurem aos seus juízes as devidas condições de segurança pessoal, extensíveis às respectivas famílias, e que qualquer procedimento contra estes seja acobertado pelas regras internacionalmente consagradas de respeito pelos direitos fundamentais no âmbito de um processo justo e equitativo.
- Alertar as instituições internacionais, em particular as europeias, para a gravíssima deterioração da situação profissional dos juízes turcos solicitando que, com carácter de urgência, seja exigido junto das autoridades turcas que assegurem aos seus magistrados o respeito devido pelo seu estatuto profissional.
- Informar a opinião pública que as associações de juízes da Península Ibérica continuarão a acompanhar, de muito perto, a situação turca e tudo farão para denunciar o atropelo manifesto à independência do respectivo judiciário, expressando pública e total solidariedade a todos e cada um dos juízes vitimas das presentes barbáries.
- Apoiar as iniciativas desencadeadas por instituições internacionais de magistrados no sentido de procurar obstar à deterioração das regras do Estado de Direito a que se assiste na Turquia em particular as que garantem a separação de poderes e o respeito pela independência do poder judicial.
Declaración conjunta:
Las Asociaciones de Jueces y Juezas de España y Portugal siguen con extrema preocupación la situación que viven actualmente los jueces turcos.
Considerando la gravedad de la situación, con detenciones de decenas de jueces /as y la suspensión sumaria y arbitraria de cerca de tres mil de sus miembros; considerando la manifiesta violación de valores esenciales de un Estado de Derecho, el claro desprecio de principios democráticos como la independencia del Poder Judicial o el principio de separción de poderes; considerando también la degradación extrema de las condiciones mínimas de dignidad y seguridad de los miembros de la judicatura en ese país,
Las Asociaciones:
Asociación Profesional de la Magistratura Associaçao Sindical dos Juizes Portugueses Asociación Judicial Francisco de Vitoria Jueces para la Democracia Foro Judicial Independiente
Representando todo el unniverso de asociaciones de jueces /as de España y Portugal
Declaran:
- Rechazar contundentemente las masivas e injustificadas detenciones de magistrados / as turcos en el ejercicio de sus funciones, practicadas sin respetar las garantías mínimas debidas .
- Exhortar a las autoridades turcas para que suspendan las medidas en curso contra sus jueces /as y que, en cualquier caso, aseguren a los miembros del poder judicial las debidas condiciones de seguridad personal, extensivas a sus respectivas familias asi como a que cualquier procedimiento contra éstos, sea tramitado por las reglas internacionalmente reconocidas de respeto a los derechos fundamentales en el ámbito de un proceso justo y con garantías.
- Alertar a las autoridades internacionales, en particular a las europeas, del gravísimo deterioro de la situación profesional de los jueces/as turcos, solicitando que, con carácter de urgencia, se exija a las autoridades turcas que aseguren a sus magistrados/as el respeto debido a su estatuto profesional.
- Informar a la opinión pública de que las asociaciones judiciales de la Península Ibérica continuarán observando muy de cerca la situación de Turquía y harán todo lo posible para denunciar el atropello manifiesto de la independencia del poder judicial , expresando de modo unánime y público nuestra completa solidaridad con todos y cada uno de los jueces víctimas de la barbarie presente.
Apoyar las iniciativas lideradas por las instituciones internacionales de jueces/as para evitar el deterioro del Estado de Derecho en Turquía y, en particular, para garantizar la separación de poderes y el respeto a la independencia del poder judicial.
Madrid, 18 julio de 2016